Você quis me dar mão
por um caminho escuro; quis me proteger
e ser tudo,
quando o mundo lhe exigiu tanto.
Você lutou, para meu espanto,
com bravura e sem reticência.
E na sua ausência,
fui crescendo.
O amor que se dá ao mundo
nunca retorna tal qual achamos que deveria
ser.
A angústia e o incessante fazimento
são prerrogativas
para a vida florescer.
Sobre o amor, aprendi.
E sobre a importância de se dar a mão,
também.
Falou-me do quão preciosa
é a lealdade,
E longe manteve
os olhos de iniquidade.
Acontece que o amor
incondicional
é ponto de partida para o bem e para o mal,
E a busca incessante pela perfeição
pode tornar a obra
por demais inverossímil.
Alegria, orgulho e outros devaneios
que patriarcas antigos não têm mais,
agora ficam
como zumbido
ressoando no ouvido
dos novos pais...
Fabiano Martins.
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Sua poesia me fez lembrar da música "Pais e filhos" de Legião Urbana e também da música "Como nossos pais" de Elis Regina. Acho que é um misto dos dois. Adorei!
ResponderExcluirBeijos beijos. Au revoir :)
Obrigado, Natália!
ResponderExcluirOi.
ResponderExcluirComo uma roda: tudo volta.
Abraços.