segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Displicente

Tempo.
Ah, esse genocida!
Transtorna-me com essas rugas.
Ah! esta minha vida...
já passou.
Tão rápido
que nem pude
ver.
Me arrependo
de ter seguido
ratos
e por isso
nem quero mais viver.
Não fiz o que
deveria,
pois tinha contas para pagar.
Não destrichei a poesia
pois as coisas duras
do dia a dia
invadiram seu lugar.
Mas nem tudo
é falha.
Houve também
grande gozo
e euforia,
quando, jovem,
só olhava para frente
e os efeitos do
tempo
não conhecia...


Fabiano Martins

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