segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Poeira

Sou um escrevente
que em certas
dissertações
opina.
Estou mais
para o dia
quando do tempo
vem a neblina.
Mordo as coisas
que gosto, delas arranco
pedaço.
Minha víscera
de sangue
exposto,
se funde
junto ao aço. Sublima.

O que eu queria dizer nos escritos
são coisas tão minhas, intrínsecas,
Inerentes a todo
o viver,
o perder
e o que mais se aplica.
Displicente, eu vejo você
desejando
a retaliação.
Quero fazer compreender
que no mundo tudo é em vão.
Mas as coisas que surgem
deste laço, deste elo
que nos interliga,
me fazem crer na poeira -
na que somos,
e na que
nos
abriga.


Fabiano Martins.

Nenhum comentário:

Postar um comentário