Envio a mim
mesmo
cartas
que são para ti.
O meu repouso é timoneiro,
sobe ao Rio a sorrir.
Enfrento-me longe
em grandes batalhas
onde atacam-se naus.
Meus olhos contrastam com
os seus,
desatando-me os nós.
Estes olhos marinheiros
que além
do mar
transbordam,
pertencem
à água leviana
que rola sem se importar
com a oração, protetora
e insana,
impeditiva
da morte afogado;
que me suplica
um beijo roubado; e
que é final
de todo conto infeliz,
mas que tem raíz
pois nasceu
inconstante e marulhado;
trôpego
insensato,
gris.
Fabiano Martins
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Todos os poetas servem-se das suas algas marinhas, os seus poemas de mar. Gostei do poema e do blog. Um abraço, yayá.
ResponderExcluirBelíssimo, caro amigo! Belíssimo!
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