quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Veia

Da condição
que vos falo,
sou parte inerente
à construção.
Da permissão
e do regalo,
nada posso
falar
senão
do que me afeta.
Afeito a isso,
sigo com os olhos
marejados,
de poeta.
Que se perdeu
para enfim ser encontrado,
e que se inquieta
frente às ondas tão fechadas
dessa praia;
frente ao grito
retumbante
que se ralha;
frente ao espaço
turbilhonante
em que a vida
passa.
Dito isso,
o que me sobra
é a bravata
e o meu pequeno
braço na batalha;
é a minha voz ouvida
pela nata, que
se abona
em ver de novo
sua ressurreta
cava.


Fabiano Martins

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