quarta-feira, 3 de agosto de 2011

O processo

Quando ando só,
tenho impressões.
São leves pensamentos
que vislumbro,
momento de raras reflexões.
Quando ando só,
estou com o mundo em meus braços.
Minha cabeça é cenário,
Meu corte
arde
e eu passo...
Quando aqui fico
e não quero sair,
reflete-se em mim
o baixo
que pertence à reta imaginária
composta por altos também,
e que delineia a vida dos homens.
Não quero sair para ver ninguém
e um muro imponho
ao exterior mundo.
Fico mudo de repente,
sem conhecer palavra alguma.
Me acudo em precedentes
para achar na palavra,
alcunha
para um nome qualquer que venha a
brincar nas histórias
mudas
que montei durante a época de andanças.
É preciso andar
para criar
e ficar só
para ter temperança.


Fabiano Martins

Nenhum comentário:

Postar um comentário