segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Fortuna e Noite.

Acredito
que esqueci-me
em algum lugar
de acreditar
que existem coisas
sublimes.
Por isso, rio.
Não há como
acreditar em idéias
tais como essa.
Contudo, crio.
E tudo que desejo
é domar
a palavra,
mas ela luta comigo
e torna
muito difícil
essa lavra.
Acredito
que parei de acreditar
há algum tempo,
tendo de todo fenecido
meus alentos.
Até encontrar-me aturdido
pelo meu próprio
lamento.
Solidão - fortuna e noite.
Como reclamar
contigo
do que pões
nos versos
meus?


Fabiano Martins

3 comentários:

  1. Acredita, mesmo que nada ponham nos versos teus.

    Um abraço carinhoso, poeta.

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  2. "Como reclamar
    contigo
    do que pões
    nos versos
    meus?"

    Uma conclusão belíssima, assim como todo o poema.Gostaria de tê-lo escrito.

    Beijo

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  3. Mima,
    Querida poetisa! Obrigado pelo teu sábio conselho.


    Parole,
    Esse teu elogio foi muito sincero. Obrigado!

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