quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Capa de polidez

Às vezes, não sou sincero.
Não é por medo,
nem para caluniar ninguém.
Não sou sincero,
às vezes,
pois pressinto
o azedume.
A vida me mostrou
e eu já sei:
nenhuma sinceridade
fica impune.

Aos surdos de ouvidos
tapados
E aos cegos de olhos abertos
para o dia,
o que sobra
é ver e ouvir,
sinceridade
e
hipocrisia.


Fabiano Martins

Baseado no filme "O Anjo exterminador", de Luis Buñuel.

Um comentário:

  1. Que espaço maravilhoso!

    Maturidade nas palavras...
    Com basttante sentimentalidade...

    Lhe seguindo agora.
    Me visite, ficarei feliz!

    Grande abraço.

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