Às vezes, me sinto
um figurante solitário
num comercial de
supermercado.
Ando pelas ruas
a aguentar
o peso de uma sacola.
Sob o pretexto de estar
atrasado,
me ponho a andar
mais rápido.
Subo elevadores,
escadas;
atravesso portões.
Falo das coisas
erradas;
aprendo antigas lições.
Tenho mais uns
cinquenta anos
de vida,
se tudo der certo até lá...
Não sei o que acho direito
deste manto
que cinge
estelar.
Não tenho tempo
para ver o céu;
devo me ensacolar.
Há vazio nos muros
do Rio,
Há vazão de maré
atrasada,
Há viver e viver
sem falar.
Há o que há
na sacola
pesada.
Fabiano Martins
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Tal vez el peso se deba precisamente al gran vacío que siente una vida.
ResponderExcluirSaludos.
coisas de gente.
ResponderExcluirmuito bom :)
A sacola, a mala... - a bagagem? - O viver!
ResponderExcluirBelo!!!
Realmente, às vezes a vida parece um saco... ou uma sacola de supermercado prestes a rasgar com o peso que carregamos...
ResponderExcluirWesley
As vezes carregamos na nossa sacola (vida) demasiadas coisas desnecessárias. É preciso deixar-se leve, apenas com o essencial do viver.
ResponderExcluirMuito legal. :)
Nessa sacola há sempre mais espaço.Importante é saber com que nós devemos preenchê-la: com angústias que pegamos no setor de "erros do passado" ou de fé que apanharemos no setor de "dias muito melhores virão?"
ResponderExcluirSaudações tricolores!
Halcón,
ResponderExcluirVazios podem ser pesados. Abraço!
Larissa,
Coisas de gente, sim!
Obrigado pela visita.
Jaci,
Tudo o que couber!
Wesley,
O alento é que é assim pra todo mundo.
Abraço
Mariana,
Difícil é saber o qual a medida do essencial.
bjs e obrigado pela visita.
Marcell,
Afinal, somos nós os "compradores", não é mesmo?
Saudações alvinegras! Abraço
Como aligerar la bolsa, esa sera la reflexion. Muy lindo. Un abrazo
ResponderExcluirLapislazuli,
ResponderExcluirObrigado!