quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Ardil

À garganta,
seca um nó
embuído de engasgo.
Vazia,
a rua rompe o silêncio
pálido.
Vêem-se as sobras da noite
nos teus olhos escurecidos e
obstinados.
São bandidos e anjos
decaídos,
investidos
de poderes tácitos.
Convincentes e prementes
Vão à mente
muito fácil e
movimentam inconscientes
terrestres seres
prédio
abaixo.


Fabiano Martins

6 comentários:

  1. antevejo nos seus escritos melancolia na alma

    no entanto, gosto do que escreve

    a melancolia é uma ponte para o despertar de nós mesmos e da nossa compreensão, ela mesma é minha companheira


    abraço

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  2. "...erma, triste melancolia
    no entanto, minh´alma ouvida
    Dor que se transforma em glória
    Morte que se rompe em vida"

    Esses versos são do final de uma poesia de Machado de Assis (coisa rara).
    Seu comentário me fez lembrar deles. Obrigado!
    Abraço

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  3. Fabiano, machadiano? Que legal. Nada como o Bruxo do Cosme Velho para fazer-nos ver que poesia é tudo. Valeu, mano.

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  4. não é um estilo de poesia que me agrade muito, mas gostei do conceito do teu blogue. Bem-Vindo ao meu e espero que gostes dele x)

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  5. Diziam meus avós que a noite todos os gatos são pardos. Á luz da lua outros seres tomam conta rua...

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  6. Luiz,
    Sim. Machadiano também. Para mim, poesia é remédio. Obrigado pelo comentário.


    Ziza´s NEM,
    Obrigado pela sua sinceridade. As coisas evoluem a partir dos diferentes pontos de vista. Quando aqui parar, seja bem-vinda.


    Profex,
    Além de serem outros (os seres), também são outras as ruas. Abraço

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