quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Passageiro

A rotina vagante
e a energia
cadente
são de mim, por mim;
são daquilo que me é
inerente.
Solidão
é coisa de
uma nota só;
seu dissabor
é

e
Dó.
Os lábaros balançam
e saboreiam
o vento, enquanto
minha cidade
uiva
num só lamento.
Os ternos dizem
quem os homens são;
os homens ternos
morrem
sempre em vão.
Não negastes minha mão
à estrada,
então nela
busco
saída.
Sigo sempre a notívaga
caminhada,
derramando pouco a pouco
minha
vida.


Fabiano Martins

10 comentários:

  1. "Os ternos dizem
    quem os homens são;
    os homens ternos
    morrem
    sempre em vão."

    ---> Por versos como esse que eu não me canso de passar por aqui. Poeta terno, peregrino, passageiro - finca raízes que duram no coração.

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  2. Fez-me lembrar "On the road" do Kerouac.

    Abraços!

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  3. Ziza,
    Obrigado!


    Mima,
    Sempre muito motivadores seus comentários.
    Obrigado pelas constantes visitas! bjs


    Marcell,
    Estou relendo esse livro. Kerouac é um dos meus autores preferidos. Fico lisonjeado com o comentário.
    Abraço!

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  4. Obrigado, Rodrigo. Seja bem-vindo ao blog!
    Abraço

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  5. Olá Famartan,

    Quanta sensibilidade e bom gosto!
    Gosto de estar com você.

    Beijos de luz.

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  6. Oi, Luz.
    Obrigado pelo comentário.
    Também gosto de te ver aqui.
    bjs

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  7. Primeira vez que entrei.
    Gostei particularmente deste.
    Parabéns.
    Vou voltar.

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