terça-feira, 6 de setembro de 2011

Conjecturas

As pessoas passam pelas ruas.
Elas se olham
uma a uma
sem se ver.
Copiam-se e desdenham-se;
entendem-se e desentendem-se;
matam e salvam.
Quantas pessoas pelas ruas
assumem seu papel
mais capital?
Quantas outras ficam nuas
dependentes
daquilo que é normal?
Quais delas estão vivas?
Todas falam e se movimentam, mas
quantas delas estão vivas sobre
esta calçada e sob este sol?
Quantas comem sobras?
Quantas morrem sem viver?
Quantas são escravas dos seus medos?
Quantas pensam com neuroticismo
nas relações humanas...
As pessoas procuram espelhos
pelas ruas
e reúnem-se em grupos
amistosos.
Há valor em medir-se pelo seguro
e pelo sempre cômodo
óbvio.
Não posso recusar ser igual, pois
nasci também da
secreção.
Não posso abster-me de propor
que podemos nos salvar
através da negação de alguns valores,
mas talvez esse meu comportamento
seja apenas natural,
comum. Outrossim, negar e estar à margem
pode ser o óbvio
para esses meus relacionamentos
igualmente amistosos,
aos quais dou a mão na
rua.
Mas estas são apenas
conjecturas.


Fabiano Martins.

9 comentários:

  1. Hola> que lindo lo que escribistes, aunque me costo entender me gustaria pusieras un translator. me gusta mucho leer tus poemas me parecen super sensibles y hermosos.


    besitos

    ❤❤/"´`"\.. ❤¸.•*""*•.¸❤ ¸.•*""*•.¸❤
    ❤ .//^ ^\\. GRACIAS POR TU AMISTAD ❤¸.•*""*•.¸❤ ¸.•*""*•.¸❤
    ❤ (/(_♥_)\) ❤¸.•*""*•.¸❤ ¸.•*""*•.¸❤
    ❤ ._/"*"\_.❤¸.•*""*•.¸❤ ¸.•*""*•.¸❤
    ❤ (/_)^(_\)♥❤ ❤ ❤ ❤ ❤ ❤ ❤ ❤ ❤ ❤ ❤ ❤ ❤ ❤ ❤ ❤ ❤ ❤ ❤ ❤ ❤ ❤ ❤ ❤ ❤ ❤ ❤ ❤ ❤ ❤ ❤ ❤ ❤... ❤ ❤ ❤ ❤ ❤ ❤ ❤ ❤ ❤ ❤ ❤ ❤ ❤ ❤ ❤ ❤ ❤ ❤ ❤ ❤ ❤

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  2. e como te entendo, cada bocadinho que te vai na alma e nos teus escritos

    escritos de dor clamante, de dor na alma

    de dor, da perda, de que sei, presinto, te magoou muito, dentro

    do teu grito interior na busca da compreensão
    do que te rodeia, da vida, da própria vida


    imensurável. misteriosa, e madastra, grande madastra ...


    tuas conjecturas são de uma pessoa que não se contenta, minímamente com o que se lhe apresenta, dia a dia, e a olhos vistos

    te acompanho nelas

    abraço

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  3. Boa noite Famartan,

    Que poesia crítica e mordaz, você constrói!
    E sabe, só diz verdades.
    Andamos mum mundo do faz de conta.
    Parabéns!

    Abraços de luz.

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  4. Lluvia,
    Mesmo sem falarmos a mesma língua, nos entendemos bem. besos.

    Gil,
    Obrigado!

    Analuz,
    Às vezes, nada pode ser mais criativo do que a dor. Às vezes, só a felicidade. Obrigado por ler essas poesias que escrevo. São para reflexão, certamente. Obrigado pelas visitas constantes e pela tua profundidade.
    Abraço.

    Luz,
    De fato, andamos.
    Acredito que ser mordaz é um ponto crítico, onde podemos nos perder. Em todo caso, gosto de correr riscos.
    Obrigado pelo comentário e pela tua atenção com as poesias que escrevo.
    Abraço

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  5. Las elaboramos de lo que vemos o creemos ver... Muy lindo. Un abrazo

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  6. Lapislazuli,
    Sim. São frutos do que pensamos, essencialmente. Obrigado pelo comentário.
    Abraço

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  7. Esse é um poema do mundo em que vivemos. Um abraço, Yayá.

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  8. "Do mundo em que vivemos". Faço eco às suas palavras.
    Abraço

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