quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

6 de outubro de 2005

então, o que é o amor?
desmensurado com um pingo d´água
exagerado como o desespero
irremediavelmente, a simples confisão de um exagero
se me vêem, como posso eu escolher o que ser pra quem me vê?


- não é só q eu escolho ser -


mesmo aceitando o acaso como um feliz aliado
fortuna de quem chora por já não ter
razão
e falta em dizer
a palavra certa
o que falta é abrigo no teu coração
quando fala comigo
me diga o q ouvir de todas essas palavras
de um esperar que parece eterno.


Confissão de culpa é besteira.
A paz cansa tanto,
por uma guerra contra teu vestido daria o mundo
armado e calado
desesenfreado deletério de uma escolha que nem ao menos é minha.


Um outro par? Incabível!
mesmo sendo um outro par, um experimento pra solidão
que aprove sentido em ter razão ao ouvido morto de amor
qdo se olha para o lado e não se vê
vírgulas aonde somente palavras
tomam parte pra uma explicação
que não pára


Cessa, então, meu não dizer de te querer,
fingindo estar sem a nova mancha de vinho
no tecido azul marinho
aveludado que te entrelaça e te sufoca
Veja você! E me diga, ao menos porquê
a felicidade é tão difícil de se manter,
tão flutuante sobre nossos olhos de cores escuras,
tão imaginativa e contemplativa quanto o amor é até o fim.
E quanto amor até o fim está reservado?
Seria apenas uma janela aberta, uma brecha pro tempo escondido atrás da parede
por onde andamos enclausurados, encalacrados, misturados
como um armário aberto e itinerante que se faz em outro lugar
da mesma forma lenta, deixando-se descobrir os segredos
sem contar o q mais será quando a porta findar o seguimento que a persegue por uma força
advinda de não sei de onde e feche!
Mas não - se acalme amor - que o meu amor nem é tão confuso assim
nem de tanta lágrima,
é ainda melhor do que aquele amor da tv
um ai de mim, copacabana!
que anda fazendo partes da minha vida e sussurrando, ainda que alto: Não vá embora...

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