quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

19 de dezembro de 2005

um dentre todos se matou
o outro cedeu à doença
há quem tenha perdido pro vício
eu me perco na confidência
tão dificíl e sem artifício
artimanhas daqueles que ouviram os gritos

escritos de escritores
algum morreu de amores
A fragilidade e os meandros
contra o vigor dos malandros

há quem tenha apenas fenecido
mas morreu
houve alguém algum dia
que achasses que seria teu?

Muitos se foram de tristeza
verdade e vontade
postas à mesa

o poeta sucedeu o precedente inferno
o poeta infrigiu a lei
com esmero

houve quem culpasse o vicío
eu acho difícil
não se viciar
vigio teu sono
no olho fechado
será meu destino
morrer por te amar?

espero que seja
pois o gosto do amor
é doce e ilusório
tapa o sentido e toda a dor
na lembrança do mesmo cartório

Pois é a mulher o que mais me insinua
e toda a linha que escrevo
brota
do meu
te ver
nua

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