- oq te faz ser o que é?
- o meu corpo despido e o seu corpo de mulher
- porque o fim é uma constante...
- que nos arrebate a todo instante
- me deixa falar tão pouco!
- sou feito apenas de palavras, ao contrário estaria morto
- repousa nos teus olhos estranhamente uma paz
- a paz que se apresente no meu olho não é mais do que mentira
- espera o tempo curar, segue tua vida
- a vida segue sozinha no meu poço é aonde me encontro
- que poço profundo, de andar por aí e seguir os segundos
- pois é, o amor não é perfeito, se parece com a maldade
- o que festeja em teu coração? ódio, raiva?
- tranquilidade
- tranquilidade é um dom
- não é, contudo, mais ou menos do que pode também trazer a solidão
- por que queres tanto sofrer assim?
- por não me saber mais em mim
- a gente só queria a vida
- a vida, a vida
- o que eu recebia no seu beijo era uma página que parecia infinta
- mas acabou, como tudo acaba, restou o que restou e mais nada, pelo menos
sofreremos menos e mais, dependedndo do dia e do frio que faz
- não procura respostas, deixe que o caminho seguinte dê uma prova
- não procuro mais nada, das rimas de amor me sobraram migalhas
- fomos nós, foi o tempo sobre nós, que desfez o solto querer do coração
- éramos iguais e por ser tão iguais diferentes no que não podíamos ter
sido, a paixão e o amor esquecidos, no meu carro resta ainda muito lixo,
tenho q tirar um dia e limpar os meus armários
- armários queridos, porque sinto tanta coisa ao te ver partir e partindo
assim, um pouco, me reparte também, como já não saberia dizer.
- foi o vento
- fomos nós
- e nossas danças, nossas coisas, nossos nós...
quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
6 de dezembro de 2005
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