quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

23 de maio de 2006

contemplar
é meu deleite
- deite e fique
sempre
olhando o que precisa
apenas de um sonho
para se ver
fique no meu coração
em termos negaceados outrora
indignos de satisfação

deixe que te fale
algo cativante
feito o tino de uma estrela morta
pairando neste horizonte
deixe que te faça amor
que te rasque na faca sem pudor
que te encontre em rastro de um profundo

abismo
abrigo teu

no teu peito, meu coração
obrigado
abrigado das chuvas, da devassidão
em meados de uma noite clara
em vil contentação
meu ouro
minha sina
minha aríete...

- confronte-me as guerras
e me roga, por favor, e me incide
que este som nada mais é
que o fôlego
resvalado
do que restará no teu peito daquilo tudo que quer...

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