quarta-feira, 13 de julho de 2011

Objetivamente

Com lisura
a frase me vem
à cara dura; e
suplica a ternura
de que Ernesto nos falou.
Sou eu no espelho
em que me vejo:
homem de cujo parto
fui progenitor.
Vivo num mundo frio
de desgelo, de concreto
de abstrato e pouco amor.
Com folga ou a tempo,
quem sabe,
terei eu aprendido
que ninguém quer
ser tido
como inconteste
ou zé ninguém.
Com lisura,
nesta busca
que lhe falo,
não aprendo
e não me arrependo.
Sou algoz
para a confissão;
sou a voz do meu quinhão;
o tudo que me orbita,
minha subjetividade objetiva,
que crê na beleza
de todas as coisas vivas.


Fabiano Martins.

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