quarta-feira, 27 de julho de 2011

O último beijo

Quando eu me for,
morrerá o meu amor.
Haverá teor
lúgubre
Na procissão
até o cemitério.
E da profissão de carpideira,
me poupe o impropério.
Só te peço
que minha carne não queimes
pois só o sol
terá esse privilégio.
Te peço
que me plante como semente
na terra
em que debruço o
último beijo.


Fabiano Martins.

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