segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Esperando na chuva

Sei que estou nos teus olhos
e que neles brilho,
mas também sei que,
por serem andarilhos,
teus olhos vão se afastar.
Resisto às correntes
e ao pragmatismo.
Quero um mergulho fundo
na água do mar.
Quero encontrar o infinito
em algum lugar
para um boa noite de chuva.
Meu adeus não é arredio,
e também não é o frio
o que vem me arrepiar.
É a palavra morta
que relembra o que não disse.
É a resposta que teu corpo
em minha boca
insiste.
Não é tua culpa, nem é culpa de ninguém
se o tempo traz armadilhas
para aqueles que nele
vem.


Fabiano Martins

3 comentários:

  1. o que os olhos não vêem a palavra grita...

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    1. Amigo,

      Se o amor deixasse pistas sobre seu destino talvez seria previsível seu desfecho mas correríamos o risco dele não ter sentido algum. Ao tempo cabe a difícil missão que trazer à luz as verdades do amor.

      Tenha uma feliz e abençoada noite, Fabiano!
      Grande abraço

      Fica com Deus

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  2. Roberta,
    Sim.
    bjs

    Wilson,
    Obrigado por ter lido, amigo.
    Abraço

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