Hoje não estive para a poesia,
preferi a chuva que invadiu a tarde
e transformou o dia.
Arde em mim a dor
de suas gotas ácidas,
o fulgor de suas nuvens ásperas,
o negror da minha própria estupidez.
Hoje não preferi poesia,
quis ter com a tarde
que trouxe cinza ao invés de dia.
Quis ter comigo
distante do teu vestígio,
saúde, espirro...
semblante de adeus.
Fui andarilho em linhas tortas,
em ruas rotas
sem ver o sol.
Não quis brincar de fazer versos,
preferi levá-los a sério
e questionar o universo.
Não quis falar coisas boas,
nem trazer a verdade reluzente em prata.
Quis saber-me pequenino,
menino, sem ouro e sem
pátria.
Fabiano Martins
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Ah , tem dias que também estou assim ''despatriada. aaaamei seu blog,coisas agradaveis para ler, muito bom. to seguindo..
ResponderExcluirParabéns. se puder , passa lá, vai ser adorável sua presença!
www.spiderwebs.tk
Apenas humanos - é o que somos! Deve-se permitir toda a falta de poesia quando o sentimento acinzenta o dia de sol.
ResponderExcluirE isso também não é poesia? O se é!
Valeu pela visita silenciosa no Sedimentos... vim conhecer seus versos e gostei.
ResponderExcluirFelicidades.
Um beijo carinhoso.
Há dias em que requer estar-se despojado...
ResponderExcluirÉ como caminhar na areia da praia, descalço, sem rumo, sem tempo prá voltar.
Beijos,
Sabrina,
ResponderExcluirTem dias...
Lucas,
Simples assim... feito poesia...
Teca,
Gostei do blog!
bjs
Cores,
Adoro andar na areia!
bjs
Existem dias assim, cinzas no viver.Parabéns.
ResponderExcluirObrigado pelo comentário, Arnoldo.
ResponderExcluirAbraço