sábado, 15 de outubro de 2011

Cogito - Torquato Neto

Eu sou como eu sou
pronome
pessoal intransferível
do homem que iniciei
na medida do impossível

eu sou como eu sou
agora
sem grandes segredos dantes
sem novos secretos dentes
nesta hora

eu sou como eu sou
presente
desferrolhado indecente
feito um pedaço de mim

eu sou como eu sou
vidente
e vivo tranqüilamente
todas as horas do fim.


Torquato Neto
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8 comentários:

  1. Unknown15 de outubro de 2011 às 20:01

    Grande Torquato! Não conhecia esse...

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  2. Maxwell Soares16 de outubro de 2011 às 07:29

    Eu, é um pronome que ao longo dos séculos tem causado tantos tratados e teses de doutorado. Nas psicanálise, Freud, na literatura, Augusto dos Anjos, na filosofia, Kierkegaard e, por aí, vai. Um abraço Famatan.

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  3. FAMARTAN16 de outubro de 2011 às 09:10

    Marcel,
    Adoro esse poema.
    Abraço

    Maxwell,
    Esse tema vale muitas reflexões.
    Abraço

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  4. Laísa16 de outubro de 2011 às 21:08

    parei aleatoriamente por tuas palavras.
    olhei sorrindo e gostei das formas que elas fizeram meus pensamentos.

    boa noite,moço.

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  5. Sandra Oliveira17 de outubro de 2011 às 13:15

    Eu sou bicho,
    eu sou gente,
    ser indefinido...
    perguntando-se sempre
    Quem sou eu???

    Adorei o poema!!
    Abraço

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  6. FAMARTAN18 de outubro de 2011 às 04:21

    Laísa,
    Obrigado pelas palavras. Seja bem-vinda ao blog.
    Abraço

    Sandra,
    Esse poema é um dos meus preferidos.
    Obrigado pela visita.
    Abraço

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  7. Mima18 de outubro de 2011 às 11:36

    "desferrolhado indecente"!

    Muito bom!

    Parabéns ao Torquato!

    Beijo, Fabiano!
    Mima.

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  8. FAMARTAN19 de outubro de 2011 às 05:57

    Concordo! Esse poema é uma ode à liberdade de pensamento.
    bjs

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