As palavras descortinam o pensamento:
estou nu para quem quiser me ler.
Eu não sei dizer o que preciso
sempre de forma assertiva,
ostento um impossível lábaro de
beleza nem sempre augusta.
Minha astúcia se põe mediana
neste mundo de feras dispostas a tudo;
sou a laranja mecânica
com dor de estômago
frente ao mundo.
Acabo. Mas torno a nascer.
Uso armas que desconhecem pessoas
que não compartilham as verdades do meu viver.
Quero que a vida me desaponte,
para que eu a possa entender.
Não quero tudo o que preciso
sem esforço; peço o favor,
do mistério conhecer.
Quero saber da capacidade humana de fazer o mal,
para que assim, eu possa entornar atos
e não palavras.
Atos que me valerão.
Os desígnios que saem da minha boca
se perdem ao vento,
por isso os prendo
aqui
neste poema,
tão nosso e tão lento
quanto existir.
Fabiano Martins
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uma pequena homenagem à Nausea.
ResponderExcluirCon tu comentario, entendi. No soy muy ducha en el portugues y el traductor desvirtua algo. Un abrazo
ResponderExcluirlapisazuli,
ResponderExcluirSinto o mesmo quando leio algo em outra língua. Sempre se perde um pouco na tradução.
Esse poema foi inspirado num livro que li.
Abraços!
Lindo e profundo poema!
ResponderExcluirAbraços
Obrigado, Carol!
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