quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

A criança

Eu caminho
pela calçada,
o asfalto me condena;
eu me lanço à palavra
abonando a sentença.
Posso ser verbo,
linguagem,
imaginação.
Posso contra todos
os argumentos,
contra todas
as respostas, mas
contra palavras
impostas,
não.
Posso até vir a ser.
Quero saber
amiúde,
mas não há certeza
a se ter.
Eu caminho pela calçada,
ela me diz para
atravessar.
Eu dou as mãos
à beira da estrada,
não me atenho
à maré atrasada que segue
em fuga
no mar.


Fabiano Martins

9 comentários:

  1. Hi, espero que andes grande. EU realmente como seu blog se você quer a comunicar com me, estão olhando para o meu páginas. Beijo

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  2. Tem coisa melhor do que não perder o olhar de criança ou de cair na contradição. A sensibilidade do olhar faz agente ver além do obvio.

    Cada vez que leio seu blog me encanto. primeiro foi Furta-cor(que já é algo que me fascina) depois Inverno e agora esse... estou virando fã rs :*

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  3. Poder e incerteza andam próximos como calçada e asfalto.

    Diferente/É bom ver/ler algo diferente na blogosfera.


    http://contosdarosa.blogspot.com

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  4. Mina,
    Obrigado!

    Natália,
    Que bom que gostou.
    bjs

    Bolinho,
    Valeu!

    Micaela,
    Não pude compreender.
    bjs

    Williane,
    Obrigado. Essa resposta me deixou muito satisfeito.
    bjs

    Rosa,
    Obrigado pela visita e comentário. Seja bem-vinda!

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