Eu caminho
pela calçada,
o asfalto me condena;
eu me lanço à palavra
abonando a sentença.
Posso ser verbo,
linguagem,
imaginação.
Posso contra todos
os argumentos,
contra todas
as respostas, mas
contra palavras
impostas,
não.
Posso até vir a ser.
Quero saber
amiúde,
mas não há certeza
a se ter.
Eu caminho pela calçada,
ela me diz para
atravessar.
Eu dou as mãos
à beira da estrada,
não me atenho
à maré atrasada que segue
em fuga
no mar.
Fabiano Martins
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que legal!
ResponderExcluirMuito bom, meu caro!
ResponderExcluirVocê é bom nisso!
ResponderExcluirHi, espero que andes grande. EU realmente como seu blog se você quer a comunicar com me, estão olhando para o meu páginas. Beijo
ResponderExcluirTem coisa melhor do que não perder o olhar de criança ou de cair na contradição. A sensibilidade do olhar faz agente ver além do obvio.
ResponderExcluirCada vez que leio seu blog me encanto. primeiro foi Furta-cor(que já é algo que me fascina) depois Inverno e agora esse... estou virando fã rs :*
Poder e incerteza andam próximos como calçada e asfalto.
ResponderExcluirDiferente/É bom ver/ler algo diferente na blogosfera.
http://contosdarosa.blogspot.com
Mina,
ResponderExcluirObrigado!
Natália,
Que bom que gostou.
bjs
Bolinho,
Valeu!
Micaela,
Não pude compreender.
bjs
Williane,
Obrigado. Essa resposta me deixou muito satisfeito.
bjs
Rosa,
Obrigado pela visita e comentário. Seja bem-vinda!
Adorei o seu poema. Prometo voltar.
ResponderExcluirMaria,
ResponderExcluirVolte sempre.
Abraço