quarta-feira, 2 de março de 2011

A nave

A última nau adormece
num mar de fundo escuro,
como as escolhas que fiz permanecem
ecoando seu dizer mudo

Uno sou com o mundo
que nada mostra além da exatidão,
De tudo sou quando confuso
Rejeito aceitar seu quinhão

Inexatas palavras aparecem
me mostram através do pensamento,
ato este que vem de repente
e me leva a mente a contento,

Fico então parado a divagar
pensando nas milhões de opções
a dinamicidade me dificulta respirar
me traz algumas recordações

Aprendo com erros que tive
aprendo, mas volto errar
Obstante à perfeição me detive,
pois não sei o que devo encontrar

Neste mar que por vezes me afundo
Neste mar que me quer para tragar
como Nau, antes nave do espaço,
hoje esparsa em destroços sem ar.



Fabiano Martins.

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