sexta-feira, 25 de março de 2011

Bagagem

Trago nos olhos
a vermelhidão do choro derramado
os joelhos marcados pela
oração contínua
cheia de simbolismo e desespero
Sou a alegoria do que clama
A flor aberta, pólen
o caule a vazar a seiva
Sou a raíz enterrada no cimento
com olhar sempre atento
a querer achar o céu
Ah... Trago nas mãos
o desejo constante e
a vontande exultante de estar em paz
Não tenho mais
a transcendental euforia
Alforria pra correr os riscos
Para gargalhar
Sou como o fruto daquilo que me
moldou
das vezes em que tudo desandou
de todos os risos que eram falsidade
Sou ante ao perigo
como ainda menino
que percebe em sigilo
que amadurecerá


Fabiano Martins

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