quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Gasto

Sumiu
como a luz que quando acende brilha forte e se faz perceber
e que depois de um tempo acostuma-se a ela
e se faz desperceber.
Como um ruído uníssono,
como um sentido de querer,
que desaparece como vem
depois que se adquire o costume
de o ter.

Desapareceu
como a brasa que se tornou a cinza do cigarro apagado,
como o tecido que se esgarça com o tempo,
como a alegria que termina
no embargo.

Premente e notoriamente desapegado,
como o amor, 
outrora sentido,
outrora querido,
agora
acabado.


Fabiano Martins

2 comentários:

  1. No começo sempre dizem ser pra sempre, do meio pro fim somem, e tudo acaba...

    Bjão ;*

    http://changesl.blogspot.com.br/ -

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  2. Parece que do tudo fica a restar o nada...
    Muito bonito, cheio de verdade.

    Abraço :)

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