quarta-feira, 10 de julho de 2013

Separados

Temos trabalhado a recusa como forma de prazer,
Procurado o inapropriado deleite na vontade de não ser.
Hoje, o abandono é o nosso abrigo
e o adeus o nosso grito.
Temos sido diferentes 
e mais intimamente iguais;
suprimido nossas vontades de superfície
com os gritos de um subsolo que apraz.
Somos negativamente positivos,
positivamente bem vistos.
Separados, eternamente separados.
Atados em palavras por entre sons que emito,
e também na sua voz,
onde arde o nosso grito.
 

Fabiano Martins

6 comentários:

  1. Olá Fabiano, tudo bem?
    Gostei muito desse seu texto, de verdade.
    Consegui entendê-lo de duas formas:

    Pessoas que não conseguem ficar juntas e pessoas que estão juntas mas não estão tão certas se querem continuar.

    Estou iniciando no blog agora, se você quiser passar para dar uma lida, fique à vontade:

    http://suspirosfloresperdao.blogspot.com.br/

    Ainda está em fase experimental, mas logo toma forma.

    Parabéns novamente.

    Obrigado,
    Ícaro.

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  2. Muito interessante. Muito talento. Parabéns!

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  3. Um poema muito bom. Gostei! Um prazer passar por aqui e conhecer o trabalho de novas pessoas. Essas partilhas só acrescentam...

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  4. Belo uivo poético!
    Grande abraço e sucesso!

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