quarta-feira, 13 de junho de 2012

À ação do tempo

Não me sinto coisa,
resguardo-me da pseudointelectualidade.
Sou inteligível devido à minha dualidade.
Existo sem motivo para estar, mas estou para existir.
Sacrifico-me entre gestos e poses
que em nada vão contribuir.
Sou altivo e sabedor de fatos verdadeiros.
Sou o que vejo, embora o apagado candeeeiro.
No escuro, voraz, eu me encontro
com o fato que me suporta até aqui.
Estou sempre me olhando do retrato,
imaginando que não sou mais eu
quem me sorri.


Fabiano Martins

9 comentários:

  1. Também eu, às vezes, tenho esta impressão.

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  2. seja bem vindo no meu blog famartan
    uma ótima semana e boa noite um braço
    Claudio Schmitt

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  3. 'Sou inteligível devido à minha dualidade'
    Isso me ocorre tbm.

    Gostei de suas palavras. (:

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  4. Olá Fabiano, legal você ter visitado meu blog. Sua poesia é intrigante. Gostei, muito embora eu não tenha o dom com as palavras. ~

    Um grande abraço

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  5. .

    .

    . entre a dualidade que somos . entre também o que fomos . e o que seremos .

    .

    . uma poesia . de dentro . de onde nos des.adentramos .

    .

    .

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  6. Que belo!

    Por vezes percebo que já nao sou a imagem que o retrato exibe.

    beijos

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  7. Ana,
    culpa do tempo...

    Claudio,
    Obrigado.

    Samantha,
    somos todos iguais no final.

    Regina,
    Obrigado!

    Intemporal,
    Obrigado por refletir comigo!

    Juliana,
    Obrigado. Somos obrigados a amadurecer.
    bjs

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  8. Os gestos e as poses...
    armas que funcionam, de certo
    Principalmente quando se voltam para nós.
    Somos as maiores vítmas do nosso fingimento.

    Belo blog, velho
    Visita aí: http://www.palavreandome.blogspot.com.br/

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  9. Anderson,
    Concordo com você! Mas como ser diferente?
    Abraço

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