nem registros guardados.
Não há poesia,
nem linhas de caderno
rabiscadas.
Não há vitória traduzida
por bons atos.
Não há verdade.
Há silêncio.
Há ausência.
Ai de mim!
Não, não há preceito,
nem ensejo motivador.
Salvo de tudo,
lembro que em Deus não há rancor.
Mas aonde é que ele está?
Traduzido na derrota de um...
Na vitória de outro.
Traduzido na revolta que esquenta o ímpeto
por violência... aonde é que ele está?
Afinal, traduzido na beleza das flores, nas folhas.
No reumatismo, na conspurcação.
Na sagrada fogueira das vaidades humanas.
Na constituição.
Aonde é que ele está? Não o vejo, nem sei como
é sentí-lo.
Sofro com impulsos químicos e meu corpo responde aos estatutos com sobriedade.
Mas não estou só nesta teatralidade. Pois há também
o bufão e o executivo.
O gago e o tetraplégico.
O monge e seu traje típico.
Não sei como devo sentir Deus,
e isso é magnifíco.
Estou jogado nestes gases
criando artifícios,
tentando explicar o impossível.
Sendo sempre conduzido a acreditar,
através das citações dos que vieram antes,
de que é preciso ter fé.
Esta crença me fortaleceria durante os anos
e me faria produzir;
me faria ser feliz entre os segundos perdidos;
Perder-me pelo que reluz.
Mas meus olhos estão escurecidos,
esquecidos dentro de uma caverna.
Perdidos sem conhecer luz só podemos ficar
encerrados nas
trevas
do ceticismo.
Fabiano Martins
e assim somos todos nós!!
ResponderExcluirnesse devaneio que é a Vida, que nos querem fazer creer que é magnifíca, e se nos revela apenas um caos sem sentido, fazendo-nos os olhos escurecidos, num cepticismo que se nos impõe.
abraço
Saudade da sua compreensão!
ResponderExcluirbjs