quinta-feira, 28 de junho de 2012

Nota

Eu também sou um Karamázov
Também odeio e desprezo,
também estudo e rezo,
também vivo minha 
devassidão.
Eu também me perdi
na vergonha;
fui cristão na montanha
e, mesmo à face da morte,
consegui me convencer que 
não.
Eu também sou um Karamázov.
Eu também tenho irmão.
Eu também me sinto vivo
embora às vezes sinta que não.
Eu também sou um Karamázov.
Filho de um Pai Pavlov.
Filho de um Karamazov.
Inocente, culpado e
bufão.


Fabiano Martins

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