terça-feira, 5 de abril de 2011

Admoestação

Vivo clamando ao destino
pela sua admoestação
pela sua benévola prática
que resulte em
sorte, algo bom,
Mas não se clama ao invisível
ingenuamente
esperando redenção
Há que se clamar em desatino
enclausurado
ou no ostracismo da solidão
Deve-se clamar
encerrado na dor de ser
dono das próprias escolhas
Homem fiel a si
e que traz mágoa
a quem espera lhe pôr rédeas

Vivo lutando (em detrimento de esperar),
pela admoestação do destino,
pelo som que seu vento soprar
ao meu fiel ouvido
que lhe quer escutar.
Paro então pois o quero ver,
não apenas ouvir.
Ajo então para merecer
o fruto da dor em meu porvir:
Que se abram caminhos!
Para os guerreiros renitentes,
para os que caminham sozinhos
matando a sede n´água ardente,
Para os que mereçam seu lugar ao sol,
carregadores de pianos ou cruzes
com lágrimas no terço
ou apenas nos olhos terçol.


Fabiano Martins

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