Somam-se aos anos, passares.
Passos de pessoas que não ficam as faces.
Geografia que não se imprime na memória.
Pesares.
Somam-se aos anos os lugares.
Inexatos, circunspectos à penumbra dos olhares.
Somam-se como aquilo que se descarta:
alegria faltosa e melancolia silenciosa.
Fugacidade de pares.
É onde estou.
Aí, passo sendo o nada que nada sou.
Sendo tudo o que restou da última leva desta viagem.
Soma-se ao meu olhar vadio a paisagem e o frio. Talvez me
acalente na sincera sensação de um arrepio, ou talvez acenda algum pavio para
que seja lembrado como o nada que nada sou. Entre o tanto que me confundo,
Entre tudo o que me formou.
Fabiano Martins
Aos poucos nos tornamos sobras do tempo...
ResponderExcluirAs geografias pessoais e íntimas sempre fogem à memória.
ResponderExcluirAdorei este poema.
Um abraço!!
Ácida e reflexiva!
ResponderExcluirGrande abraço e sucesso!
Obrigado pelos comentários. Abraços.
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