do pátio de sua casa
o céu da tarde.
Está nublado e venta muito.
Ele vê passar
solitário
um pássaro.
Nunca em sua curta vida
havia prestado atenção
no céu.
Estava descobrindo as marcas
que a luz do sol difusa
lhe deixava na retina.
O menino raramente ficava só, vivia cercado de crianças
e cuidados.
Conhecia o carinho, a raiva, a gratidão e o respeito.
Mas nada sabia sobre se sentir sozinho.
"é o pássaro um fugitivo de seu ninho?", disse a si mesmo.
Ficou meditativo, enquanto olhava o céu.
A noite caiu bem lentamente naquele dia.
Fabiano Martins
Talvez autobiográfico? Maravilhoso...
ResponderExcluirObrigado, Ana!
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