sob os escombros dos homens,
sob a égide de um inferno em mármore,
entre as visões escondidas,
a ver o mesmo círculo se fechar...
Na cia de deus,
do alto,
sob as foices da morte,
sobre as coisas que dizem,
sobre minha própria sorte...
observo
cada ínfimo momento perdido,
cada intenção de gestos,
cada qual em seu lugar...
observo.
Na cia de deus,
do alto,
da minha dor,
da minha repulsa,
do meu asco de te olhar...
observo assombrado
(na cia de deus)
cada passo fadado,
cada descaso,
cada sina.
Na cia dos olhos meus,
obcecados em ver deus,
imagino algo peculiar.
Imagino meu mundo secreto,
meu próprio universo
compreendido entre a dureza
do lugar em que estou
e a retidão de rezar.
Fabiano Martins
Grande poema! Só posso dizer isto.
ResponderExcluirObrigado, Ana!
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