Sobre o que vai no coração
- o amor, talvez o perdão -
Sobre o que dá em teu peito
e me aquece
Sobre o que me pertence
E a quem de direito for:
Aqui está meu coração.
Enfrentar o mundo é perigoso
Leva do alto ao fundo do poço,
Do peito de pombo
até os joelhos no chão
Pertenço a mim mesmo,
rezo na cartilha que criei
Penso que o mundo é batalha
na qual à condição de peão
me empenhei
Luto no front
onde é meu lugar
Estou na rua
por todos os lados
A querer me encontrar
Mas a visão do amor à noite
é compassiva
Permite que nos encontremos
sem a nossa presença física,
através de fios de cobre
que emitem sinais.
Abro a boca e mostro os dentes
ante a separação de quintais
Crio barriga e sofro
já não me aventuro mais
As vicissitudes juvenis
fenecem e
levam parte dos impulsos vitais
Fabiano Martins
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