quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Longos brados

Quero como te quis
ter em tormento no outrora
Ver como te quis
ter a toda hora
Lia teus terminantes quadris
seios, cabelos
eu quis
Desposar-te ao início de um fruto
que nascesse do nosso absurdo
Abstinha-me na intolerância
Eram vis todas as observâncias
Recobravam-me pra ver
redondilhas no nosso destino
Sei, acanhar-me era a trilha trilhada ao maldito
vi que o amor era incerto
farto, de fato, impreciso
E que dele me fiz de engano
Enganei-me nos teus longos brados
Acordei para ver se era dia,
Era dia em um tom de pecado
Resvalei no intuito ao ver-te fortuito futuro
Não sei mais se vens,
não sei se me vêem no escuro


Fabiano Martins

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