terça-feira, 23 de novembro de 2010

Falenas

Ver é ter nos olhos
Como ser o beijo em que me molho
É andar na relva resguardada da sua língua
Sentir é ter na pele
e na cabeça consentir o toque
Grafia são teus escritos
guardados feito fotos
Meus são os seus
e no futuro hão de sempre ser nossos
Mas teus vinte não andaram por mim
e eu já vi
não vivi nem sinal
do seu amadurecer
Sei que dar adeus de tempo em tempo
é condição para se perder
Lembrar é ser lá dentro
como o cheiro que exala relembra
vendo as borboletas da cidade
hei de lhes dizer:
Voai, Falenas!

Fabiano Martins

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