segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Cetim

Cetim
que amotina
o meu coração

Confins
desprendidos
desmensurados
ouvidos
aos brados
fartos
neste quinhão

Não me conheço

Sei da boca seca
do lábio ressequido
e da língua úmida
sei de mim

de ver os montes longes
ininterruptos,
enfim,
mas não sou de saber mais
Bem mais
me encontro
longe
nesta página virada
relembrada pelo fim

Sou fogo transcendido
verde que fito
ansioso
de ver perdido
de novo
coração
que dá sinal de estar
fora do jogo
logo
o logro
queime
tão longe
se resenhe
a tempestade
que
em pedido
findará.

Fabiano Martins

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