terça-feira, 31 de agosto de 2010

Chega de falar de mim

Por tantos amares, promessas, embrenhei meus cabelos
por tantos seios, flores, que suguei botões
e borderões abandonados à esmo no fim de um caso
Por cada jura e promessa sincera que tive e que fiz
pelas situações constrangedoras que passei
e julguei ser melhor passar por elas
E tudo mais que tive proveniente do coração
veio a vida me dar a mão e me dizer
que tudo vai
O rio corre e o inverno chegará novamente ano que vem
O calor é questão de tempo
e o furor da paixão vai consentir felicidade no momento certo
Não se pode querer além do que se quer
e nem se ter mais do que se tem
a facilidade de aceitar que o amor acaba
é a mesma de saber que a morte nos assaltará qualquer dia
e disso vivo me queixando
e nisso vivo os mesmos erros
ciúmes, delitos, sobriedade e exagero
humano como qualquer
pessoa
infindável nas minhas complicações,
mas chega de falar de mim.

Fabiano Martins

3 comentários:

  1. Belo texto! Sensibilidade pura! Abçs!

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  2. Obrigado, Frank. Fique à vontade pra contribuir com textos tb. Abraço!

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  3. Ando tentando desinflacionar o eu também. Tem funcionado. Abraço.

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