De noite, quando fico ansioso
E os pingos batem na minha fachada
Sinto o frescor de um banho gratuito
No lugar onde faço morada
Meu intuito é perdurar infinito
E por isso me cerco em manutenção
As noites de chuvas são as melhores
Quando o tempo traz o verão
O clima é chato e ocioso
Os carros passam para sempre
A rua segreda seu povo
Que nela, entre eles, passa rente
Molhado o mendigo me erra
Sai andando sem direção
Deseja um carinho, um afago
Um cigarro, um pedaço de pão
Um trago da chuva da noite
Ou na água ardente que muito lhe açoite
E lhe permita encontrar um lugar
O caminho é feito de espinho
E como o mendigo
Me ponho a andar
Fabiano Martins
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