Tudo é fantasia.
Uma tremenda artimanha,
que cria realidades iludidas,
feitas de terras planas.
Em cabeças subservientes
não cabem mentes subversivas.
Caminha ideia na noite furtiva -
feita de sonhos errantes
que, antes
de serem verdade,
foram à certa medida
justapostos à realidade
na pausa justa da lida.
Sou matéria a iterar,
universo a se debater,
como palavra a procurar
significado para sobreviver.
Estou sobre mim mesmo deitado,
estendido em mil contemplações.
Sou gatilho do que fortalece.
Amores, dores, vulcões.
Batilho
que tarde me ampara
à noite de um mar que marulha.
Bravio, saudoso, restante
no ocaso a causar arrepio.
Mas temo não ter o bastante,
causa de complicações,
sou mestre de nada e não obstante
desejo viver das paixões.
O tempo não é feito de horas,
é feito de gente. E tudo que nele vigora
são feitos impermanentes.
Fabiano Martins
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