Às vezes se reflete no vidro da janela da casa da frente.
Revela a poeira escondida em pequenos grãos suspensos.
Às vezes aparecem nuvens e o clima ameniza.
Às vezes as nuvens negras encrespam as lisas,
é quando vem a tempestade.
No verão, quanto maior a sua intensidade, maior o seu volume,
menor é o tempo que duram.
Às vezes, elas passam antes de começar.
Às vezes ficam.
A luz diminui conforme a Terra gira,
o sol ilumina outro lugar.
Rodamos em um planeta perdido,
até o último suspiro,
suspensos pelos fios do tempo
numa escuridão sem fim.
Fabiano Martins
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