terça-feira, 30 de abril de 2013

Abandono

Ah! Uma alma notívaga -
dentre tantas outras -
anda pela linha do trem.
Alma incólume - não quer nada.
Unicamente deseja deixar de ser.
Eu a sigo pelo caminho.
Pequenina alma, cheia de vontades negadas.
Como pode o mundo ser tão duro contigo?
Eu sigo você por essa estrada,
e lhe desejo proteção.
Mas também não sou nada
e, portanto, nada posso fazer;
assisto à sua ruína num camarote
bem posicionado.
Ninguém se importa com a sua dor,
e nem mesmo você se importa
com a dor de ninguém.
Este é o fato.


Fabiano Martins

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