quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Dia e noite

O meu destino não está nas palavras fáceis
dos cartazes e panfletos.
Nas casas de esquina não estão
as minhas palavras futuras,
nem a minha próxima geração.
Procuro uma previsão mais exata,
menos promíscua.
Não tenho dentes guardados na gengiva,
nem tenho dólares na carteira.
Escrevo com a persuasão criativa
daquilo que me dá bandeira.
Deito-me para ver o céu
e, às vezes, me abandono
no calor que ostenta o sol na labuta do dia,
ou no vento que a noite vadia
traz de abono.


Fabiano Martins

11 comentários:

  1. Poema bem escrito demais. Posso estar errado , mas percebi uma menção bem sutil ao Manuel Bandeira!

    P.S.: Hoje seremos rivais na Taça Guanabara...

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  2. Marcell,
    Deve ser porque passei muito tempo em Santa Teresa ultimamente... hahahaha
    Obrigado pelo comentário e que vença o melhor!
    Abraço

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  3. "Deito-me para ver o céu
    e, às vezes, me abandono"

    [... e nesse abandono,
    a palavra se faz presente]

    Belo!

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  4. Vanessa,
    Obrigado por ter lido!
    bjs

    Marlene,
    Adorei a reflexão.
    Obrigado.
    bjs

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  5. Abandonar-se
    trás a vontade do:
    Encontrar-se!

    Seguindo-o.

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  6. E do destilar da Poesia
    crua, o verso enreda-se
    ao céu, formando nuvens
    de (des)contentamento.

    Fico a seguir-te,
    meu caro. Luz!

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  7. Oi Famartan,
    Um estilo de sinceridade incisiva...
    Beijos,
    Ana Lúcia (Cores da Vida...)

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