Meu olhar é guiado pelo acaso,
mas é a vontade de ver
que faz meus olhos abrirem.
Esse querer incontrolável
que vem incontestável
direcionar meus passos sobre a terra,
e levar minhas mãos às teclas.
Eu não posso (não poderia)
querer ver algo além daquilo que meus olhos abarcam.
Seria como desejar ser mar sendo apenas barco.
Sou feito para navegar e não para navegantes,
para sentir em vez de amparar,
para sobreviver e não para afogar,
para estar no limite entre dois abismos que se erguem profundos,
equidistante entre o espaço e o núcleo duro,
para me equilibrar.Fabiano Martins
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