segunda-feira, 18 de novembro de 2019

Ato contínuo

Na impossibilidade de fazer qualquer outra coisa,
começamos a escrever. 
Começamos na intenção de investigar algo que sentimos,
trazer nome a essas coisas que nos dá a vida.
E entendemos que devemos transgredir as regras da língua
para poder tocar (em parte)
a imaterialidade das matizes sentimentais.
Eu gostaria de encontrar minha paz,
o fim das ideias que se interpõem maquinalmente
de forma negativa.
Eu gostaria de poder reter algo verdadeiro em algumas linhas,
e, na impossibilidade disso acontecer,
continuo a escrever.


Fabiano Martins

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