Amo as pontes que construo,
aquedutos do meu ser.
Amo amar você e estar contigo em grupo
amenizando a dor que há.
Amo pensar no que podemos ser,
no que poderemos conceber,
feito criança bebê,
feito eu
feito de vozes e nuvens;
feito eu feito de você.
Feito meu feitio que me faz te ver
como o que me incita à luta,
o que me comuta,
o que me é incomutável,
inconcebível,
inexplicável,
irascível.
Tua voz,
minha voz -
gritos já roucos
coisas já partidas...
minhas expectativas
retardadas de premissas,
extirpadas de razão.
Fútil.
Não pude dizer que fui útil
quando o que quis fazer foi egoísta:
narcisista,
deficiente de amor
vítima de mim mesmo.
Fabiano Martins
Achei o poema lindo. Os dois primeiros versos chamaram a minha atenção totalmente.
ResponderExcluirParece que o eu-lírico tem uma conversa consigo mesmo.