Não é o mar; é o desejo pelas coisas que passam.
Possui uma beleza infinita, a inconstante matéria;
me faz acreditar que possuo nomes que não são meus.
Eu sou um ser dividido entre
as coisas em que acredito
e outras tantas que não vou acreditar.
Atenho-me e me apego a sorrisos,
bem como a choros e aos seus precipícios,
(bem como ao barulho do mar).
Não temo a dor, posto que ela existe
mas temo a servidão sem finalidade.
Procuro - temente a tudo isso -
a incompreendida primeira liberdade.
Fabiano Martins
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