terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Quem eu sou

A falta que me dá,
o olhar que me pões,
as palavras que se dizem,
os perplexos das multidões.
Estou a olhar,
quem eu sou já não é mais.
Tenho-me longe na espera infinda
(de um querer chegar jamais recompensado).

A noite, assim, é linda:
as partículas de um dia maculado,
se aquietam quando cai o sol,
quando deitas aqui bem do meu lado.

Me tenho longe com infinita aflição!
Quero entender (justaposto à natureza oblíqua desta reflexão)
os saberes de quem sabe que não há nada 
que seja capaz de se fazer perceber com exatidão.

A busca enfim é do caminho
o caminho é a falta que me dá,
o caminho é do olhar que me pões,
daquilo que eu sou 
e que não sou mais.


Fabiano Martins

Um comentário:

  1. Fabiano,

    Hoje vim lhe convidar a conhecer e, se desejar, acompanhar um novo espaço onde estou postando junto com mais amigos, pois o Infinito Particular não existe mais por motivos de configuração que não se resolveram.
    O espaço é de excelente qualidade e de muito bom gosto.
    Ficarei feliz com sua presença por lá.
    Abraços

    http://refugio-origens.blogspot.com

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